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No Jardim Comercial, bairro pertencente ao Capão Redondo, extremo Sul da zona Sul de São Paulo, residem 320.000 pessoas. É uma região totalmente desprovida de lazer e cultura, e lá não havia biblioteca e nem educação não formal.
As vielas e becos que contornam todo o bairro são cheias de crianças de todas as idades, que vivem em portas de bares aprendendo a jogar, a beber, e outras coisas que não deveriam estar aprendendo, se é que isso pode ser chamado de aprendizado.
O Projeto Interferência entrou para mudar isso, e interferir no bairro pela cultura. Devido às imensas dificuldades, há 11 anos, o escritor Ferréz vem fazendo eventos como a festa de Páscoa, pelos arredores da comunidade.
Fundado em 2009 por Ferréz com ajuda de Dagmar Garroux, o espaço da Associação Interferência, que é uma casa de 4 cômodos, está localizado na Favela Santiago, e atendeu, aos sábados, 165 crianças e adolescentes durante o ano de 2009.
O local é extremamente raro, pois é um dos únicos que não tem ponto de tráfico, uma condição que os moradores sempre mantiveram como princípio, mas infelizmente é povoado de usuários, fato que não é diferente de outras periferias.
O projeto foi criado quando Ferréz passou pelas salas de leitura da Alemanha e percebeu que daria para fazer uma sala com poucos recursos, aliado aos conhecimentos pedagógicos de Dagmar Garroux, Tia Dag, presidente da Casa do Zezinho.
O objetivo do Projeto Interferência é contribuir para a mudança do Jardim Comercial, inserindo aos poucos cultura e maior qualidade de vida para toda aquela comunidade.
Esse ano, com a compra de uma nova casa, o espaço se chamará José Mindlin em homenagem ao grande colecionador de livros, e tem como realização a Carlene e membros do Instituto 1dasul.
em setembro o primeiro bazar do Instituto acontecerá na Travessa santiago, para promover a espanção do Interferência.
Instituto 1DASUL, sem limites pela periferia.
